quarta-feira, 8 de julho de 2009

Texto Os problemas cognitivos envolvidos na construção da representação escrita da Linguagem

A autora baseia seus estudos em Piaget porém não faz menção dos períodos operatórios e por essa razão muitos não enxergam essa influência em suas publicações. Neste texto ela estuda quais estágios de conhecimento que a criança passa, e qual momento ela se encontra. O desenvolvimento da alfabetização ocorre de acordo com a mudança de faixa etária e a evolução ao cognitivo. Para a autora o desenvolvimento da escrita e da leitura acontece em três níveis de estágios de aprendizagens: pré-silábico,silábico e alfabético. Os níveis pré-silábico e silábico são considerados níveis pré-alfabético onde a criança não tem conexão entre a escrita e a leitura, quando a criança já estabelece essa conexão chamamos de estágio alfabético.

A criança também pode enfrentar problemas cognitivos ao longo da sua alfabetização, esses problemas podem ser: desequilibração e perturbações. A criança desenvolve esses dois aspectos quando está em processos de construção do conhecimento. Por exemplo quando a criança começa a identificar as sílabas elas tem uma perturbação pois está em processo de concretizar um conhecimento.


Para a criança uma palavra deve ser formada por no mínimo duas letras isso nada mais é a hipótese da quantidade miníma, onde de acordo com a associação do objeto uma palavra deve ter um determinado número de letras e que apenas uma letra ou um único símbolo não representa essa palavra. Quando existe um objeto repetidas vezes, a criança colocará os símbolos que para ela representa o objeto a quantidade de vezes que o objeto aparece, podendo colocar um símbolo para cada objeto, mas quando se trata de uma palavra um só elemento não a representa.

A autora revela que a criança faz uma representação do todo, que a palavra legível, com suas partes, que são as letras e grafias que a palavra possui. Onde a criança sempre faz associação da palavra com o desenho.

Nesse momento esse texto traz algumas reflexões sobre o texto de Ana Teberosky, contextos de alfabetização na aula que dentre dos assuntos que aborda ela fala sobre como a criança consegue relacionar os desenhos e suas formas escritas mas não conseguem identificar porque duas formas diferentes para representá-la. Uma noção piagetiana de tematização mostra que a criança utiliza um conhecimento prévio, que para ela não tem utilidade, para fazer um avanço, um novo conhecimento. E a tomada de um conhecimento involuntariamente ou voluntariamente para avançar em seu processo de aprendizagem.

Há também a hipótese silábica, onde uma letra não forma uma sílaba, nessa condição a criança tem uma capacidade de saber que a palavra é constituída por sílabas. E por tanto a quantidade de letra que a criança colocará para forma a palavra corresponderá com a quantidade de sílabas que a palavra têm.

A criança também faz uso do princípio de variação interna que corresponde com a hipótese de quantidade miníma. O princípio pode ser dividido em dois níveis: o primeiro para a não repetição de letras seguidas dentro da mesma palavra e o segundo a não repetição da mesma série de letras para duas palavras diferentes, pois ela já tem noção que não pode ler duas coisas diferentes com a mesma grafia.

A criança sente necessidade de mais letras para a formação de diferentes palavras quando a hipótese silábica esta em seu auge. E nesse momento não importa se uma letra aparecerá em várias palavras, o importante é o seu valor posicional, onde uma única ou uma série de palavra podem ter uma pequena seqüência de letras, exemplo: mala, bala, fala.

Para a autora a criança têm três tipos de reação a frente de novas informações fornecidas que podem ser: não querer aprender, poderá fazer um esforço para tentar aprender e por fim conseguir aprender apesar das perturbações. Quando a criança chega na última fase ela chega na fase de equilibração até ter uma nova perturbação.

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