sábado, 27 de junho de 2009

Práticas de Linguagem Oral e Alfabetização Inicial na Escola: Perspectiva Sociolinguística

O professor Ivan solicitou que fizéssemos um maior aprofundamento dos textos e por isso farei uma pequena resenha sobre os textos discutidos em sala de aula o primeiro é esse, espero que gostem. Então vamos lá.

No texto o autor relata que a criança tem uma linguagem inicial que possui antes de ingressarem na escola formal. Essa linguagem é criada a partir de relações com seus familiares, a interação com o sua comunidade e com conhecimento de algumas regras de escritas. Para o autor essa aprendizagem surge ao mesmo tempo com a construção da sua identidade social, que é mais complexa e não se resumem ao cumprimento de regras sobre as leitura e a escrita.
Por conta disso Jacobs diz que não existe um único método de alfabetização, pois existem várias maneiras de promover a leitura e a escrita, o que depende é a religiosidade, o local em que se vive e a classe social em que a criança está inserida.

Os professores não levam em conta essa bagagem que o aluno traz de casa, pois essa linguagem não é valorizada pela escola. E por isso que muitos alunos que não tem uma prática letrada que vão de acordo com as normas das escolas, sentirem muitas dificuldades quando entram para a escola. O autor diz que os professores não fazem nada para desenvolver o potencial do alunos e não estão interessados em saber das capacidades que os alunos possuem e nem como utilizar essas habilidades dentro da sala der aula.

A escola precisa ter uma linguagem mais próxima com o aluno, fazendo uma interação entre o cotidiano do aluno e a vida escolar do mesmo. Uma interação entre o grupo e as técnicas de leitura e escrita, e o modo como essa aprendizagem se daria.

A realidade sociolinguística é muito importante para essa comunicação entre os alunos e os professores, pois para ela a língua existe enquanto interação social, onde o que importa é a realidade social da criança.

A escrita é o registro de alguma história, um acontecimento e até mesmo um pensamento. Na escola não se valoriza o modo pelo qual os alunos tem de escrever suas próprias histórias e isso os prejudica na aprendizagem. Como na escola o padrão acadêmico é mais utilizado isso dificulta muito o desenvolvimento do aluno e acabando por despersonalizar-lo.

Quando a criança entra na escola, ela precisa ter atividades onde ela possa organizar seus pensamentos e não inúmeras regras que deverão ser seguidas fielmente, com punição para quem não o fizer. Como diz Jacobson: “a aula, por si só, deve ser um espaço no qual todo tipo de aluno ganhe experiência com a leitura e a escrita”.

Ao final o autor propõe uma maior relação entre as práticas pedagógicas com a classe social do aluno, para que ele possa desenvolver e ampliar seus conhecimentos, e para que não haja uma alienação dos alunos nesse aspecto. E também que os docentes não se esqueçam que podem mudar a sociedade, modificando o modo de dar aulas, pois o futuro de toda nação está nas crianças.

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